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PROPOSITORA: Moara Tupinambá

IMERSES: Amanda Cardoso de Paula, Ana Barroso Calle, Bruna Mansani, Cassis Bian, Janaína Corá, Renata Suellen Dorea da Cruz Silva, Rosana Tagliari Bortolin, Shayda Cazaubon, Uruku Potyra Ribeiro Alves, Bárbara Morais.

AMANDA CARDOSO DE PAULA

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URUKU POTYRA

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ANA BARROSO CALLE

CASSIS BIAN

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Estávamos todos dentro de 1 cômodo, nossa casa. Naquele cômodo continha uma cama de casal, um berço e um fogão. Eu me lembro bem da porta do forno amarrada com um  varal de roupas, não tinha piso. E a porta estava escorada com uma madeira grande e pesada, usávamos o banheiro da vovó. Não havia nada, mas éramos ''felizes''. Eu não tinha noção de mundo, e do porque estávamos ali, com tão pouco, mas para mim era imenso, era lindo, era nossa taba.  Eu me lembro de alguns balões verdes e amarelos amarrados na viga do telhado, e de um bolo cor de rosa em cima do fogão. Eu me lembro da hora do parabéns, e na hora que fomos cortar o bolo, de ter  3 bolachas de maisena no canto esquerdo, todos riram, e a vovó responde: isso ai é para nivelar o bolo, que havia ficado torto. Era meu aniversário de 1 ano, copa do mundo de 94.

Minha força ancestral vem do meu levantar, da capacidade de me reinventar, de ir do céu ao inferno, e mesmo assim isso não me tornar um anjo. E sem romantização da palavra guerreiro. De ter devolvido meu filho a Badzé, da fome, do longo período em silenciamento por violência e não lugar, de achar inúmeras vezes o fundo do poço e achar um chão pra pegar impulso. Dos meus orixás, de mesmo estando atravessando um dos piores momentos da minha vida, ouvir o sopro das minhas matriarcas dizendo que vai ficar tudo bem. No meu caminhar em território baiano, refazendo meu caminho de volta pra oka.

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Estávamos todos dentro de 1 cômodo, nossa casa. Naquele cômodo continha uma cama de casal, um berço e um fogão. Eu me lembro bem da porta do forno amarrada com um  varal de roupas, não tinha piso. E a porta estava escorada com uma madeira grande e pesada, usávamos o banheiro da vovó. Não havia nada, mas éramos ''felizes''. Eu não tinha noção de mundo, e do porque estávamos ali, com tão pouco, mas para mim era imenso, era lindo, era nossa taba.  Eu me lembro de alguns balões verdes e amarelos amarrados na viga do telhado, e de um bolo cor de rosa em cima do fogão. Eu me lembro da hora do parabéns, e na hora que fomos cortar o bolo, de ter  3 bolachas de maisena no canto esquerdo, todos riram, e a vovó responde: isso ai é para nivelar o bolo, que havia ficado torto. Era meu aniversário de 1 ano, copa do mundo de 94.

Pão doce na mão, redondinho e plano, tem uma mordida já.

Vestidinho com mangas compridas e calça de tecido fino; uma cola de cavalo puxa meus cabelos , muito apertada, não me deixa confortável.

 

É de noite. Na rua só se escuta o barulho dos grilos e a natureza, a pouca luz que ilumina vem de um poste de luz que não fica muito perto e da porta aberta de uma casa.

De meu lado a minha irmã pegando a minha mão, ela é maior, eu preciso olhar para cima para falar com ela. Ao redor umas crianças. Estamos sentados na calçada de cimento em fila indiana como lagarta, duas crianças correm em torno da fila.

 

O jogo é Mariinha vem para o céu!! … algo acontece. O grupo fica bravo com a gente.

O pãozinho na mão. Saímos correndo com minha irmã ao lado da luz do poste, chegamos em casa; chão de terra, paredes de madeira colocada horizontalmente, uma luz amarela pendurada na viga de madeira do teto.

 

A porta se fecha.

 

Já não tenho o pãozinho na mão.

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BÁRBARA X

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MOARA TUPINAMBÁ

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BRUNA MANSANI

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BÁRBARA MORAIS

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SHAYDA CAZAUBON

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Acredito que a memória mais “viva” / nítida que eu tenho da infância é dos meus 6 anos, mais ou menos. Foi quando me mudei para uma casa com um pátio grande, onde tinha muitas plantas e algumas árvores. E as lembranças são relacionadas a esse espaço, sempre que podia ia para o pátio ficar brincando, ora eu ficava andando de bicicleta, dando infinitas voltas. Ora ficava mexendo na terra, nas plantas, procurando pedras, olhando os movimentos dos pequenos insetos e passarinhos que volta e meia apareciam.

Lembro de ter nessa época também um amigo imaginário (do qual não lembro o nome), mas sei que ele morava na China e que depois de ‘tantas’ voltas de bicicleta eu conseguia acessar ‘um portal’ para ir até lá e encontrar ele. Às vezes ele vinha também brincar comigo, mas eu sempre achava mais divertido ir até a casa dele para conseguir conhecer lugares novos. A nossa brincadeira preferida era andar de bicicleta.

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ROSANA BORTOLIN

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JANAÍNA CORÁ

Eu gostaria muito de acessar as Memórias relativas aos contatos com meus avós.

 As memórias da infância que estão presentes em mim, até meus setes anos, são as vivencias que tive no campo, as brincadeiras nas árvores, os banhos nas cachoeiras e nos rios. Adorava observar o céu, as nuvens e as estrelas. Lembro dos passeios no mato descobrindo plantas e animais, observando os veados, as perdizes, os pássaros, o gado e as ovelhas. Lembro das buscas por pedras semipreciosas no leito das águas, dos passeios de carroça, com o primo leiteiro. Me marcou os anos iniciais na escola e lembro bem que tínhamos que atravessar os trilhos para ir estudar, e, nos pendurávamos no trem andando, para pegar carona.

A memória dos meus 7 aos 14 anos são os amigos da escola, os amigos da rua, as brincadeiras de descer a rua num carrinho de rolimã. Passear de lambreta com o vizinho, tomar banho de chuva, brincar de esconde-esconde.

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M.A.R 3ª edição: Imersão

 

Coordenação Geral: Juliana Crispe
Produção Executiva: Francine Goudel
Produção Cultural: Gika Voigt
Projeto Gráfico: Lorena Galery
Audiovisual: Marianella Colucci
Assessoria de imprensa: Inara Fonseca
Realização: Espaço Cultural Armazém - Coletivo Elza

Apoio: Sesc Nacional - Projeto Sesc Cultura ConVIDA!

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